terça-feira, 11 de novembro de 2014

Enem ideológico: o governo que nos (des)educa

10/11/2014
 às 12:11 \ Educação

Enem ideológico: o governo que nos (des)educa

A prova do Enem neste fim de semana, como de praxe, trouxe questões de cunho ideológico, cuja resposta “correta” deixa transparecer o viés dos formuladores, alinhados com o governo. Demétrio Magnoli comenta o caso emartigo no GLOBO, lembrando que tal prática nos remete ao fascismo, em que cabia ao governo autoritário impor sua visão de mundo aos alunos. Escreve o sociólogo:
A propaganda explícita das políticas racialistas é uma marca do Enem. Na prova aplicada anteontem, emerge duas vezes. Por meio da questão 42 (Prova Branca), o jovem candidato é conduzido a aplaudir o Parecer do Conselho Nacional de Educação que instituiu a “Educação das Relações Étnico-Raciais”. A formulação da questão cita um trecho do documento oficial, consagrado a difundir “posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial” – ou seja, uma pedagogia do “orgulho racial”. Num outro trecho, não citado, o Parecer conclama as escolas a desfazer os “equívocos quanto a uma identidade humana universal”, o que equivale a rasgar a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
[...]
O antiamericanismo é um traço obsessivo do Enem. Ele aflorou desta vez na questão 26, a mais panfletária de toda a prova. Segundo a formulação, o grupo dos BRICS é formado por “países que possuem características político-econômicas comuns”, uma tese ousada que deve ser compulsoriamente admitida pelos candidatos, chamados a “comprová-la” pela seleção da alternativa “correta”. A única alternativa coerente com a formulação cimenta a unidade do grupo na lenda de que seus integrantes constituem uma “frente de desalinhamento político aos polos dominantes do sistema-mundo”. Por esse caminho, o Enem sacrifica no altar da retórica de nossa política externa as profundas divergências geopolíticas entre os países dos BRICS, notadamente o alinhamento estratégico da Índia com os EUA.
Além da cartada racial e do antiamericanismo, a imprensa aparece como algo ruim, apoiando ditadura, e a Comissão da Verdade surge como uma heróica iniciativa dos movimentos sociais. É a doutrinação ideológica por meio do estado. Não bastasse nas salas de aula essa politização invadir o ensino, na hora de filtrar para ver quem entra nas universidades federais se cobra o grau de alinhamento também.
Como resume Demétrio, o Enem não “faz a cabeça” de ninguém, obviamente. “Mas certamente contribui para a miséria intelectual em nossas escolas”, conclui. Até quando vamos aturar essa praga marxista destruindo o ensino em nosso país?
Rodrigo Constantino
http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/educacao/enem-ideologico-o-governo-que-nos-deseduca/

Rapaz finge que é esquerdista para tirar boa nota na redação do ENEM

Um rapaz chamado Arthur Rizzi divulgou o rascunho da redação que ele fez para o ENEM.
Como já é sabido o ENEM tende a fazer perguntas relacionadas com as ideias de esquerda, obrigando as pessoas a marcar aquelas repostas que elas concluem que são as mais esquerdistas.
Na redação não é diferente.
Veja o que Arthur escreveu na descrição:

102
Veja o que ele escreveu:
O Brasil, assim como todo e qualquer pais burguês, capitalista ocidental oprime seus próprios cidadãos com o marketing e a propaganda, que visa esvaziar os indivíduos de sua consciência de classe e instiga-los ao consumismo comodista. No caso da propaganda infantil, se constitui num desrespeito ainda maior aos direitos humanos, ao oferecer e estimular a compra de produtos supérfluos ou ainda, de alto custo para um pais majoritariamente pobre e explorado pelas potencias imperialistas, As crianças por estarem ainda num período de formação cognitiva e ética, são alvos fáceis do capital. A impossibilidade de muitas vezes se adquirir um produto ou brinquedo pelo seu alto custo, causa nas crianças pobres desde um criminoso complexo de inferioridade ate problemas psicológicos de maior gravidade, como traumas e depressão. Desta forma, fica evidenciado que mais uma vez na historia, a intervenção do Estado na economia, acabando a ganancia burguesa e a exploração, são ferramentas humanitárias que desempenham um passo importantíssimo na proteção das famílias e na garantia dos direitos humanos hoje muito aviltados pela nossa sociedade capitalista-neoliberal-fascista.
redacao
E então, acham que ele convenceu?

Fonte: http://liberdadeeconomica.com/jeffersonulisses/2014/11/09/rapaz-finge-que-e-esquerdista-para-tirar-boa-nota-na-redacao-do-enem/